A ERSE propõe uma redução média de 32% nas tarifas EGME para 2026. Entenda o impacto desta medida na Mobilidade Elétrica em Portugal.
A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) apresentou a proposta de tarifas da Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Eléctrica (EGME) para 2026, um documento técnico essencial para compreender o rumo da mobilidade elétrica em Portugal nos próximos anos.
Esta proposta surge num momento de transição estrutural do setor, marcado pela implementação do novo Regime Jurídico da Mobilidade Elétrica (RJME), que visa tornar o sistema mais aberto, competitivo e eficiente.
Redução média de 32% nas tarifas EGME
Entre as principais medidas, destaca-se a redução média de 32% nas tarifas EGME aplicáveis aos Comercializadores (CEME), Operadores de Pontos de Carregamento (OPC) e Detentores de Pontos de Carregamento (DPC).
Esta diminuição traduz-se numa redução estimada de 0,13 euros por cada 100 km carregados, beneficiando diretamente os utilizadores de veículos eléctricos.
Segundo a ERSE, esta redução é sustentada por:
1. Um aumento previsto de 7% no número de carregamentos, totalizando 6,59 milhões em 2026;
2. Maior eficiência operacional da EGME;
3. Revisão da estrutura de custos à luz do novo enquadramento regulatório.
Estrutura tarifária e impacto no sector
As tarifas EGME têm como função financiar a gestão centralizada da rede de mobilidade eléctrica, assegurando a interoperabilidade entre CEME, OPC e utilizadores finais.
Em 2026, a proposta introduz:
- Redução das tarifas de acesso para os intervenientes do mercado;
- Simplificação de componentes tarifárias, com maior transparência;
- Adaptação ao novo modelo de gestão descentralizada, que prepara o fim da centralização atual.
Na prática, estas alterações significam menores custos operacionais para os agentes do setor e preços mais competitivos para o consumidor final.
Uma rede mais madura e sustentável
A proposta EGME 2026 reforça a visão de um mercado elétrico mais eficiente e integrado.
Com tarifas mais equilibradas e previsibilidade regulatória, Portugal consolida-se como um dos países europeus mais avançados na implementação de redes públicas interoperáveis de carregamento.
A medida contribui ainda para a sustentabilidade económica da rede pública, o aumento da confiança dos utilizadores e o incentivo à adoção de veículos elétricos.
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